Nos últimos dias nós acompanhamos uma discussão e alguns comentários de amigos sobre um texto publicado no jornal Metro por um senhor chamado James Bisset.
No texto ele aborda algumas questões sobre a imigração que são tratadas de uma forma superficial e vazia.
As políticas de imigração são traçadas com metas de longo prazo e qualquer pessoa que tenha o mínimo de capacidade de reflexão chegará a conclusão de que uma recessão de 1 ou 2 anos não justifica a mudança dessas políticas.
Isso não quer dizer que não haverá crise, pois isso ninguém discute, mas uma recessão não significa que o mundo vai acabar e não deve ser usada para justificar preconceitos ou protecionismos.
Digo isso, pois na minha visão o autor demonstra claramente suas tendências protecionistas e xenófobas. E para justificá-las, se esconde atrás da crise.
Pessoas como ele utilizam o medo para ter poder. Trata-se da mesma linha de controle que foi utilizada por alguns dos movimentos mais perigosos da história da humanidade.
Vocês podem observar que o autor chega a citar um estudo efetuado por um professor da renomada Simon Fraser University como exemplo para as suas posições, mas em nenhum momento cita onde a pesquisa está disponível para consulta, qual foi a sua finalidade e nem os parâmetros em que foi realizada.
Vamos refletir um pouco sobre essa pesquisa...
Como vocês acham que o pesquisador teve acesso aos impostos pagos por TODOS os imigrantes canadenses entre os anos de 1990 e 2002? Vocês acham que a receita do Canadá passou isso para ele? Algo me diz que esses dados não estão completos e podem ter sido estimados.
E ainda que os dados estejam corretos, quantos empregos diretos e indiretos são gerados pela imigração? Em cursos profissionalizantes, cursos de línguas, cursos de revalidação...
E as tarifas que pagamos durante o processo?
Será que o impacto dos imigrantes empresários que em seus negócios geram empregos e contribuem com o crescimento do país foi considerado pelo autor?
E todos os anos em que estudamos em nossos paises e chegamos no Canadá formados sem que eles tenham gasto um só dólar na nossa formação? Isso não deve ser ponderado?
Eu sinceramente gostaria de ler textos escritos por canadenses que falassem da necessidade de integrar melhor os imigrantes. Textos que abordassem o corporativismo de algumas ordens profissionais que tornam a revalidação de nossos estudos praticamente impossível.
Textos que falem do absurdo que é a situação da saúde pública no Canadá que não aceita a maioria dos diplomas de outros países e ao mesmo tempo não faz nada para formar mais médicos.
E por que não há vagas nas garderies públicas? Como pode um imigrante procurar emprego se tiver que pagar $ 30,00 por dia em uma garderie privada.
Por que a espera pela francisão chega a até 6 meses? Quem paga as despesas durante esse período de espera?
Eu apenas acho que é isso que deve ser discutido.
Friday, 31 October 2008
Política de Imigração
Saturday, 25 October 2008
E os exames médicos chegaram em Trinidad e Tobago
Acabei de checar no site do DHL e os nossos exames foram enregas pela DHL ontem às 11:22h no horário local.
Agora é só esperar chegar o pedido dos passaportes...
Update da Sô: IUHUUUUU!!!!
Friday, 24 October 2008
Saturday Night Live
Para quem quiser dar umas boas risadas com as eleições dos EUA vale a pena checar o site do programa Saturday Night Live da NBC.
Dá para dar umas boas risadas como no episódio abaixo.
É muito engraçado mesmo...
Wednesday, 22 October 2008
Crise Financeira - Vamos ver a Banda Passar
E por aqui na terrinha os bancos estão especulando com a cotação do dólar e fazendo uma gangorra sem limites. As reservas em dólar das principais instituições financeiras brasileiras não param de subir e isso tudo está sendo feito com o dinheiro que o Banco Central liberou para ser emprestado para nossos exportadores.
Mas os bancos não emprestam para os exportadores e a cotação não para de subir, ferrando ainda mais as nossas empresas que têm financiamentos no exterior.
E ainda tem gente que acha que o mercado deve funcionar livremente.
E nós, futuros imigrantes, temos que mudar nosso planejamento a cada dia. Meus fios de cabelo estão indo embora e isso tudo só me dá mais vontade de sair desse país.
Aqui, a lei do Gerson é venerada e aplicada até no mercado financeiro onde os Bancos estão ferrando empresas sérias como a Votorantim por pura especulação no câmbio.
É muita gente querendo tirar vantagem de tudo.
Enquanto isso o Banco Central assisti a banda passar...
Friday, 17 October 2008
Envio de Exames Médicos
Hoje pegamos os nossos exames no laboratório e deixamos no consultório do médico. As tarifas pagas foram R$ 250,00 pela consulta de cada um e mais R$ 200,00 de custas de remessa. A "brincadeira" toda custou R$ 700,00.
É mais uma despesa alta do processo de imigração e particularmente eu acho que o valor de R$ 250,00 por uma consulta médica é um absurdo. Principalmente para quem já paga isso por mês em um seguro saúde privado. Mas como não existe outra opção, pagamos.
Agora é aguardar que o médico venha trabalhar na segunda e envie a documentação na terça-feira.
Ps: Acho que hoje, sexta-feira, o médico foi gastar o dinheiro que pagamos na consulta. :(
Wednesday, 15 October 2008
Canada's Elections
Texto copiado integralmente da revista The Economist.
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No change for Canada
Oct 15th 2008 OTTAWA
From The Economist print edition
Stephen Harper’s Conservatives will form another minority government
IT IS an emphatic victory, even if the ruling party has failed, again, to secure a majority in parliament. Results from the general election held on Tuesday October 14th suggest that the Conservatives, led by Stephen Harper, have secured 143 of the 308 seats in the House of Commons, a gain of 16 seats. The Liberal Party, led by Stéphane Dion, has suffered a serious defeat, picking up just 76 seats.
Not everything has gone to plan for Mr Harper. Conventional wisdom in Canada suggests that no party can form a majority government without a strong showing in the French-speaking province of Quebec. His assiduous courting of Quebeckers since he took office in January 2006 produced no results. He learned to speak French passably, declared them a nation and gave the province a special seat at international gatherings. Despite those efforts, the big gains he envisaged did not materialise.
In early September, when Mr Harper called the election, opinion polls suggested that a victory and a majority were within reach. But he alienated Quebec voters and ceded valuable ground to the separatist Bloc Québécois with cuts to cultural programmes that were popular in that province and with his plans to send criminal offenders as young as 14 to prison. His seeming insensitivity to public anxieties over the global financial crisis (he commented more than once that the vertiginous drop in the stockmarket presented some good buying opportunities) undermined his popularity nationally.
The bigger loser on election night was Mr Dion, who staked the Liberals’ hopes on a green platform that featured a carbon tax. That was gleefully seized on by the Tories as a tax increase that would harm the economy at a time of global uncertainty. The Liberals managed to hold their own in Quebec, but lost support in their former stronghold of Ontario. Mr Dion probably intends to stay on as leader, but grumbling party stalwarts may try to jettison him at a convention in May when he must face a leadership review. The two leading contenders for his crown, Michael Ignatieff and Bob Rae, both won re-election handily and are waiting in the wings.
Mr Harper, in calling an election, ignored his own law requiring a fixed vote every four years. That decision, and the result, may yet spur opposition parties to unite against the Conservatives. Leaders of the left-leaning parties—the Liberals, the New Democratic Party, and the Green Party (which failed to elect a candidate)—have hinted at forming a coalition in future. Mr Harper has also limited his options for making concessions to Quebec. These were never popular with his core supporters in the western province of Alberta, but were grudgingly accepted as necessary to secure a firm majority
The world too has moved on. Mr Harper no longer has a robust economy to steer: he must deal with much weaker growth and the inevitable repercussions of the global economic and financial tumult. He will also have to handle a new administration and Congress in the United States, Canada’s most important trading partner. New challenges may arise in the form of energy, trade and environment policies. Should Barack Obama win, he is expected to call for a review of the North American Free Trade Agreement, on which Canada depends. These are tricky matters, especially for a minority government in a rancorous and partisan parliament.
Some pundits are predicting that the new government will not last long. For weary Canadians, who have now voted three times in less than five years, the prospect of another election would be unwelcome. The only consolation is that tight restrictions on both political contributions and spending mean that general elections cost a pittance compared with those next door.
Monday, 13 October 2008
E chegou nosso pedido de exame!!
Estavamos saindo de casa para dar uma caminhada, quando vimos o carteiro chegando em nossa casa com algumas correspondências e entre elas um envelope grande de papel reciclado.
Quando vimos que era do Consulado: festa geral!!!! Já marcamos nosso exame para amanhã.
Agora falta bem pouquinho... uiuiui!
Até a próxima!
Friday, 10 October 2008
Crise Financeira
Uma coisa que me tira o sono atualmente é a crise financeira mundial e a forma como todas as pessoas, entidades e Governos têm lidado com esse problema made in USA.
Durante muitos anos os americanos e especuladores mundiais globalizados fizeram fortuna sem produzir um único produto. Nem mesmo uma folha de papel. Sem ter a menor idéia do que é uma cadeia produtiva, depreciação, relações de trabalho ou o dia-à-dia de um empresa do mundo real.
Tudo em nome de alavancar as operações e rentabilizar carteiras de fundos de Private Equities.
E essa farra foi feita com dinheiro fácil em cima da promessa de que o mecado iria sempre subir. E essa promessa se tornou uma crença e todos acreditavam que iriam sempre ganhar no mercado financeiro.
Durante os últimos anos, o poder econômico passou dos Governos para as Agências de Ratings, e essas agências detêm o poder de decidir o futuro de grandes corporações como a General Motors, que ontem teve seu rating rebaixado e suas ações despencaram para o patamar mais baixo desde 1950.
Isso mesmo amigos, 1950! E quem paga essa conta? Quem é que vai dar emprego para os funcionários da GM no futuro? A Agência de Riso? Ou os Bancos de Investimentos dos EUA que recentemente quebraram na emenda?
Mas foram os Bancos que quebraram. E assim como no Brasil, seus ex-diretores continuam ricos e vão muito bem obrigado. Até agora eu não ouvi ninguém falar em processar os executivos dos Bancos.
E o mais engraçado de tudo é ouvir da boca de alguns americanos que o Governo deve intervir no mercado e fazer investimentos diretos nos bancos. Parece que o mundo enlouqueceu...
Cadê os liberais e as regras do mercado livre? Estão estatizando o mercado financeiro?
Assim como a sociedade precisa de boas regras de comportamento social, o mercado financeiro precisa de regras e limites de funcionamento. Caso contrário, vira o que estamos vendo atualmente.
Eu sinceramente espero que para o mercado fique a lição de que experiência e prudência são sempre bons requisitos para qualquer atividade. Se você não dá sua empresa para um gestor inconsequente administrar, adote o mesmo princípio para o seu dinheiro.
Eu tenho visto vários operadores do mercado dizendo que os investidores não devem sair da bolsa, mas pessoalmente eu duvido muito que o dinheiro deles esteja lá.
Eu tinha um pouco de dinheiro em fundo de ações e já tirei de lá quando a coisa apertou. Realizei o prejuizo e agora estou em renda fixa. Se eu tivesse permanecido na bolsa eu já teria perdido mais.
Mas eu creio que prejuízo também se deve realizar. Infelizmente, a maioria das pessoas só realiza lucros. Mas isso é pessoal.
Eu ainda acho que as Bolsas vão continuar caindo e que ainda é hora de realizar os prejuízos evitando maiores perdas. É o chamado Stop Loss. E esse conceito existe para isso.
À la prochaine...
Tuesday, 7 October 2008
O dólar e o mercado financeiro - Coisas que não dependem da gente
Uma das coisas que fazemos com regularidade é planejar a nossa vida financeira. Principalmente desde que decidimos imigrar para o Canadá.
Já nos desfizemos da maioria das coisas que tínhamos para vender e passamos nossa reserva para aplicações em renda fixa. Tudo isso foi planejado e feito sem pressa a medida que o processo de imigração foi andando.
Mas como sempre, na vida existem fatores que não dependem da gente e nesse caso específico a cotação do dólar acaba de nos dar uma cacetada na cabeça.
Nesse exato momento a moeda dos EUA está sendo negociada a exatos R$ 2,26 no câmbio comercial.
Acho que é desnecessário dizer o impacto que isso tem na vida de quem planejou a imigração em cima de uma taxa de câmbio de R$ 1,80.
Nesses momentos a gente se pergunta se podia ter feito alguma coisa para evitar esse problema, mas nesse caso em particular a pancada foi recebida sem que a gente soubesse de onde ela veio.
Paciência e bola pra frente...
Ps: E o dólar fechou a R$ 2,31
Sunday, 5 October 2008
PlayStation Portable - Meu "ex-brinquedo"
Thursday, 2 October 2008
Cotação do Dólar
E por aqui o sistema financeiro continua especulando e brincando com a vida de todos. Segue artigo comentando os acontecimentos por aqui...
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Análise: Superávit cambial desativa pânico
Luiz Sérgio Guimarães - Valor Econômico
SÃO PAULO - A balança cambial de setembro mostra que a decolagem do dólar no mercado interno foi forjada pela especulação, já que não houve saída líquida de recursos do país.
A moeda disparou 16,45% no mês passado, engordando os caixas dos "comprados" à vista (bancos nacionais) e "comprados" no futuro ("hedge funds" estrangeiros).
Nem a temida contração do crédito externo, nem uma suposta debandada de investidores estrangeiros em busca de refúgios seguros pode ser invocada para justificar a alta diante dos números divulgados ontem pelo Banco Central. Eles ainda são parciais, mas se referem à maior parte de setembro e englobam o período crítico da turbulência mais recente, desencadeada no dia 16 pelo colapso do banco americano Lehman Brothers.
O fluxo cambial até o dia 26 foi superavitário em US$ 2,75 bilhões. O déficit financeiro de US$ 3,51 bilhões foi amplamente coberto pelo saldo comercial de US$ 6,26 bilhões. "Não está faltando dólares no mercado de câmbio brasileiro. A taxa está subindo por causa do cassino. Alguém precisa dizer para o presidente Lula que não é só lá nos EUA que tem cassino, aqui também temos e pelo jeito tem muita gente no vermelho", diz o economista Sidney Nehme, diretor da NGO Câmbio.
A saída de dólares do país nos primeiros 20 dias úteis do mês passado foi de fato impressionante - US$ 30,95 bilhões -, mas as entradas, de US$ 27,442 bilhões, não decepcionaram. A face comercial persistiu desativando a tecla do pânico. Os exportadores, não obstante as alegações de falta de linhas, fecharam contratos no valor de US$ 17,55 bilhões, enquanto os importadores se satisfizeram com US$ 11,295 bilhões.
Enquanto isso, bancos e investidores estrangeiros ampliavam suas posições "compradas" (aposta de alta do dólar, muito bem-sucedida em setembro). O capital estrangeiro encerrou o mês "comprado" liquidamente entre os pregões de dólar futuro e cupom cambial em US$ 6,185 bilhões. Qual a posição no primeiro dia de setembro? "Vendida" em US$ 3,05 bilhões.
O fluxo desmente contágio capaz de exigir medidas anticrise por parte do governo brasileiro. Ele desautoriza elevações de juros em linhas de crédito. E dissipa os temores relacionados a pressões cambiais sobre a inflação que exigiriam prontas respostas altistas da política monetária.
E se forem olhadas as reservas internacionais brasileiras nesse momento caracterizado pelo ápice (até agora) da tormenta externa? Elas subiram de US$ 205,12 bilhões no último dia de agosto para US$ 206,49 bilhões no último de setembro.
Se o fluxo cambial - a contabilidade de tudo que entra e sai do país - está superavitário e as reservas cresceram, que crise é essa? Pode ser a pior desde a de 1930, mas por enquanto não justifica tecnicamente a valorização registrada pelo dólar em setembro. Outubro não começou de maneira diferente. Ontem, a moeda subiu 1,10%, cotada a R$ 1,9250.
Como a contaminação cambial inexiste, os juros futuros podem estar caindo pelo motivo errado. No mercado interbancário de reais, pode estar havendo um empoçamento de liquidez, destinado a forçar o BC a reduzir ainda mais as alíquotas dos compulsórios bancários, muitas vezes confundido com uma contração geral do crédito capaz de desaquecer a demanda e levar o Copom a iniciar logo o ciclo de declínio da taxa Selic.
Mas como o fundamento é frágil - fuga de capital e retração de linhas externas, dois fatores não confirmados pelo fluxo cambial -, a tendência declinante pode ser revertida com a mesma rapidez. O CDI para a virada do ano caiu 0,03 ponto, para 13,98%, enquanto o contrato mais negociado, para janeiro de 2010, recuou 0,10 ponto, para 14,37%.
O Brasil parece menos afetado pela aversão global a risco que eleva os preços dos títulos do Tesouro americano e derruba as taxas. Ontem, o juro do papel de dez anos recuou de 3,8234% para 3,7401%, enquanto o de cinco anos cedeu de 2,9759% para 2,8580%.
O dia mesclou indicadores positivos sobre o lado real da economia americana e um bem negativo. Este foi o ISM (Institute for Supply Management) relativo ao setor manufatureiro em setembro. A projeção dos analistas era de um índice de 49,5, mas ele registrou pesada contração a 43,5 pontos, o pior desde outubro de 2001.
Os outros dois vieram não tão ruins. O mercado de trabalho mostra-se melhor do que o esperado pelos analistas. Pelo dado semanal da Automatic Data Processing (ADP) 8 mil vagas foram extintas, quando se projetava diminuição de 53 mil. E os gastos com construção ficaram estáveis em agosto. As estimativas dos economistas eram de uma redução de 0,50%.